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Foto do escritorClínica La Posture

Sabia que há exercício para melhorar função sexual e evitar escape de xixi?

Atualizado: 29 de jun. de 2020


Provavelmente, você já deve ter ouvido falar sobre a musculatura do assoalho pélvico (MAP). Mas ainda hoje há muitas dúvidas sobre quais os melhores exercícios para fortalecer a região, seus benefícios e quando fazer isso. Também há alguns mitos que envolvem o assunto.


Atualmente, se estimula muito o preparo do corpo da mulher para o parto natural e muitos acreditam erroneamente que somente durante a gestação é que devemos nos preocupar em trabalhar os músculos do assoalho pélvico. Outro mito é que só é necessário cuidado com essa parte do corpo quando se iniciam os sintomas de incontinência urinária.


Na realidade, o ideal seria que todas as mulheres já fossem educadas para desenvolver a consciência sobre a MAP ao longo da vida. Ou seja, da mesma forma em que aprendemos a dar importância em manter o quadríceps bem torneado, também deveríamos desenvolver a consciência sobre a importância da musculatura do assoalho pélvico.


O que é e quais suas funções?

A MAP é composta por 13 músculos, que possuem função sexual, de continência urinária e fecal e sustentação de órgãos (útero, bexiga, reto e intestino delgado).


A MAP sofre sobrecarga constante, principalmente quando ocorre o aumento da pressão intra-abdominal, por exemplo, ao tossir, levantar muito peso, fazer exercícios com impacto intenso, durante a gestação ou em casos de obesidade.


Ao longo da vida, principalmente após a menopausa, quando os níveis hormonais decaem, há uma diminuição significativa da massa muscular. Esse processo ocorre no corpo todo, incluindo na MAP. O grande problema é que, ao contrário do resto do corpo, o assoalho pélvico raramente é fortalecido. Por isso, alguns sinais e sintomas de que eles estão enfraquecidos começam a surgir, como a perda de urina durante o esforço –um exercício ou ao tossir – incontinência fecal ou mesmo disfunções sexuais e prolapsos genitais. Daí a importância de as mulheres trabalharem a região para prevenir essas disfunções.


Como fortalecer a MAP?

Os exercícios de fortalecimento desses músculos são chamados de Kegel. Eles foram detalhados pela primeira vez pelo médico Arnold Kegel, em 1948, que desenvolveu exercícios para corrigir a frouxidão vaginal sem cirurgia. Os benefícios envolvem o aumento da circulação sanguínea da região, ganho de força, alongamento e coordenação perineal, o que contribui para aumentar o desempenho sexual e evitar a incontinência urinária e fecal.


Segundo Juliana Satake, fisioterapeuta especializada em saúde da mulher pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), "os exercícios envolvem uma série de contrações sustentadas, seguidas de relaxamento. O tempo de execução varia de acordo com a força da mulher e o quanto ela consegue sustentar o assoalho sem entrar em fadiga muscular. Ao fazer os exercícios, é importante respirar corretamente e contrair o abdome. O método pilates tem se mostrado um aliado na ativação do transverso do abdome, na estabilidade destes músculos e fortalecimento da musculatura acessória, como o glúteo, isquiotibiais e adutores".


Antes de iniciar qualquer tipo de fortalecimento da MAP, é essencial buscar orientação de um médico ginecologista ou urologista e de um fisioterapeuta especializado e capacitado na área de uroginecologia e saúde da mulher. Isso é importante para que a mulher consiga identificar os músculos do assoalho pélvico e saiba fortalecer e relaxar a musculatura corretamente.


Exercícios realizados de forma incorreta podem predispor a infecções urinárias e hipertrofia da musculatura. O acompanhamento por um fisioterapeuta é essencial para que a paciente evolua durante os exercícios. Outros métodos de fortalecimento podem ser associados, como os cones vaginais, eletroestimulação e biofeedback.


Procure seu médico ou fisioterapeuta para orientá-la para o tratamento correto.


*Colaboração da fisioterapeuta Dra. Renata Luri e Juliana Satake Fisioterapeuta especialista em Saúde da Mulher para Viva Bem UOL




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